sexta-feira, 17 de julho de 2009

Inova Ação

Na incansável busca pela produção de algo que seja atrativo ao maior número possível de receptores, o diferente, em qualquer área, ainda parece a melhor opção.
No entanto, toda criação exige tempo, dedicação, esforço e recursos. Material nada fácil de se dispor na atualidade.
No jornalismo de hoje é preciso produzir, e em grande quantidade. Utilizar as “receitas texto” feijão-com-arroz podem atender aos requisitos da atividade comercial, mas deixam tudo igual, amortecem o público, amornam a sociedade.
Os relatos, cada vez mais uma colagem de declarações, surgem menos trabalhados, um amontoado de palavras que nada provocam em ninguém.
Como qualquer estudante universitário e cheio da mais pura utopia, percebo que a chave para mudança é sair do comum. Nada de “inventar moda”, mas jornalismo é para cutucar.
De que adianta produzir algo que não provoque nada em ninguém? Certa vez, o cantor e compositor Humberto Gessinger disse que existem dois tipos de música, aquela que ouvimos e temos vontade de levantar para aumentar o volume, e aquela que fica como simples pano de fundo.
Em jornalismo é o mesmo. Nossa tarefa é contar história de gente, e para gente, é ter nas mãos o poder de mudar, de irritar e agradar, comover e motivar. Enfim, é fazer pensar e algo tão grandioso não pode ser feito de qualquer jeito. Que estejamos livres de uma produção que não seja capaz de nem ao menos franzir a testa de alguém.

Manuela Prá

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