sábado, 24 de novembro de 2007

A deficiência está no coração

Quarta-feira, 2 de novembro de 2005.


Oi,
Eu sou deficiente.

Nasci nos anos 60 e sou vitima de uma sociedade preconceituosa.
Durante toda minha infância e adolescência vi pessoas, ditas anormais, serem escondidas e privadas do que chamam mundo civilizado.

Sou deficiente porque não sei como agir quando, hoje, me deparo com uma pessoa portadora de necessidades especiais. Não sei se devo olhar, cumprimentar ou simplesmente ignorar.
Na maioria das vezes finjo não ver, pois receio transparecer compaixão. Quando na verdade eu é que sou digna de piedade.

EU É QUE SOU DEFICIENTE.

Eles são pessoas especiais e têm algumas limitações.
Enquanto eu sou uma pessoa limitada.

Eu preciso de ajuda, minha geração precisa de ajuda,
A SOCIEDADE PRECISA DE AJUDA.



por Rosina Prá, minha mãe.




segunda-feira, 5 de novembro de 2007

oipócsodielaC


Brisa
vira vento.
Saudade vira vazio.
Paixão vira hábito, e sonhar...
Vira nada.

Eu viro adulta, e a vida...
Vira rotina.
Injustiça, desrespeito e violência não chocam mais, são só a realidade.

É o mundo está mesmo de cabeça para baixo.
Mas, e se “plantássemos bananeira”?
É! E se todo mundo plantasse bananeira?!

O vento é que seria brisa, e o vazio... Apenas saudade.
O hábito se tornaria paixão e do nada surgiriam grandes sonhos.
Não importa se velha, criança ou adulta eu vou ser sempre eu. E você, você.

Rotina, injustiça, desrespeito e violência podem fazer parte da vida, mas só vão ser a realidade se deixarmos.
As mudanças começam dentro de cada um.

Agora você é quem decide se vai continuar aí parado ou vai "plantar bananeira".



Manuela Prá